Ribeirão

A nossa comunidade é essencialmente agrícola, somos cerca de trezentas pessoas. Era uma vez, antes de descobrirmos o aquífero e conseguirmos desenvolver o sistema hídrico gota a gota, os campos cresciam espontaneamente, a chuva os alimentava. Hoje, porém, conseguimos cultivar em maiores quantidades e também vender a produção noutras cidades, Porto Novo ou Tarrafal por exemplo. Meu nome é Adilson Santos Veríssimo e sou da rede de água e esgoto do Ribeirão.

O meu nome é Margareta Évora e juntamente com a minha família administro uma pousada, um alojamento para turistas e caminhantes. Decidimos embarcar nesta aventura há cerca de dois anos, estamos a concluir a obra. Aprendi este trabalho em Mindelo, trabalhei durante anos num hotel e um dia, de repente, a proprietária disse-me que ia embora e deixava a organização nas minhas mãos. Descobri que era bom nisso e então me surgiu a ideia de recriar uma realidade semelhante aqui, em casa. Estamos transformando isso em realidade, juntos. Sim, o nosso trabalho é em equipa. Eu cuido da cozinha, minha mãe cuida dos quartos e meu pai cuida das reformas. No final das contas todo mundo faz tudo, essa é a verdadeira força. Acolhemos grandes grupos que param para almoçar. O Ribeirão é local de passagem, atravessa um dos caminhos mais bonitos da ilha, são muitos os guias com quem colaboramos.

Juntamente com Maria do Rosário, João Nascimento, Maria de Fátima e Adilson Santos queremos criar uma oportunidade de crescimento sustentável para esta comunidade, uma realidade dentro da qual possam circular competências e inclinações, desejos e projetos pessoais, colocando-os à disposição uns dos outros.

Aos poucos iremos utilizar um espaço especial para a venda direta dos produtos que embalamos. O objetivo é fundar uma cooperativa, o caminho é longo mas já percorremos.

Piano piano adibiremo uno spazio apposito per la vendita diretta dei prodotti che confezioniamo. L’obiettivo è quello di fondare una cooperativa, la strada è lunga ma l’abbiamo già intrapresa.